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Dizem…

  • Dario de Melo
  • 2 de dez. de 2019
  • 1 min de leitura

Atualizado: 3 de abr. de 2020


Aqui, nestas terras longe, nas províncias, ouvi dizer que Luanda está a estudar um novo programa para o Ensino Primário. Achei bem, muito ótimo, como diria o Senhor Januário, meu velho jardineiro.

É verdade: eu posso não ter acesso às letras Luandinas, aos jornais capitalinos, aos programas altamente pensados pelos pedagogos luandenses, mas sei que não se nasce ensinado e a saber tudo, só porque se nasce do ventre mater do Partido…

Para nossa vergonha, no tempo da D. Maria Cachucha, os alunos para passarem na primeira tinham de ler vinte palavras por minuto; No tempo de agora, na quarta uns soletram, outros nem tanto, mas na sexta, com a graça de Deus Pai e a iluminação do Espírito Santo há quem saiba ler. Mal, mas lê,

No tempo da Senhora D. Maria a maior parte dos professores (os monitores escolares) tinham unicamente a quarta classe; Hoje, o menos habilitados terão a sexta, ou a oitava.

Que imperialismo diminuiu o QI dos nossos jovens?

O que nos falta?

Coragem. Coragem para adaptar os programas aos professores que temos, para que eles possam ensinar o que sabem e não como lhes parece que talvez seja.

Porque como é sabido:“Ninguém ensina chinês, se não souber chinês. ”

(Publicado no "Novo Jornal" 20.09.19)


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