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Monumento para quê?

  • Foto do escritor: Dario de Melo
    Dario de Melo
  • 18 de abr. de 2020
  • 1 min de leitura

Admitir que ême sempre foi um movimento em conflito consigo próprio;


Admitir que os militantes que estiveram fora e trouxeram o vírus argelino entre os que estiveram nos outros países;


Admitir que quem andou por fora isso julga um libertador por excelência e quando chegou aqui. O país tinha mudado e encontrou uma concorrência surda pelos de dentro porque conheciam melhor Angola atual o que a mítica Angola que eles tinham levado para o estrangeiro;


Admitir Chipenda levou consigo e Neto teve de inventar uma nova Faplas com gente que aqui encontrou e com eles (sem esquecer os cubanos) conseguiu chegar à independência.


Admitir que o último grude golpe dentro do próprio partido foi a 27 de Maio em que o medo exagerou os fuzilamentos de prisões.


Misturar num momento só os tantos conflitos já houve entre nós é diminuir a importância do enorme desacerto do 27 de Maio.


O 27 de Maio não foi um conflito, foi um massacre;

Foi uma injustiça;


Foi uma mistura infame de inocentes e culpados.


Dar às famílias dos que morreram uma certidão de óbito é um ato de justiça que se faz com um atraso de 43 anos...


... a responsabilidade deu um monumento não tem nada a ver com os quaisquer outros conflitos.

Misturar com aqueles perdões que se pedem e fica tudo bem; As consciências aquietam-se, mas os mortos não ressuscitam, nem lembranças se esvaem.


(Publicado no "Novo Jornal" 03.04.20)


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